terça-feira, 26 de maio de 2009

Céu e Inferno


Recentemente todos os amantes do Rock clássico de Brasília ficaram de alma lavada, primeiro com a vinda do Iron Maiden, e depois dos mestres do Black Sabbath, que vieram sob o nome de "Heaven and Hell", ou seja, Céu e Inferno.
Esse nome me faz lembrar da 2º parte do livro "As Portas da Percepção", de Aldous Huxley, que inclusive inspirou Jim Morrisson a batizar sua banda de The Doors. Nessa segunda etapa, o autor afirma que o Céu e o Inferno realmente existem, e que não precisamos morrer para experimentá-los. Na verdade são estados de espírito, ou da nossa mente.
Quem já teve uma experiência de "quase-morte" sabe muito bem do que ele está falando. E as pessoas que voltam dessa experiência nunca mais são as mesmas: aprendem que essa vida tem um propósito maior, e que cada momento deve ser vivido com toda intensidade, toda hora é hora de plantar as sementes do Amor!!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Livro Tibetano



Falando em livros, tem um que estou lendo a meses e ainda não consegui terminar - não só porque tem umas 500 páginas, mas porque é muita informação, coisas que fazem pensar, tenho que digerir com calma....no "Livro Tibetano do Viver e do Morrer", o mestre Sogyal Rinpoche não só interpreta e explica o famoso "Livro Tibetano dos Mortos", mas vai além contando sua experiência pessoal com grandes mestres do Tibet e trabalhando atualmente no Ocidente.

Logo no começo, uma frase sobre a re-encarnação me chamou a atenção: "No Tibete, nunca foi suficiente levar o nome de uma encarnação; sempre foi preciso ganhar o respeito de todos através da erudição e da prática espiritual." Ou seja, nada de ficar vivendo de passado!! Não importa quem você foi, o importante é trabalhar duro agora para limpar o carma negativo e plantar as sementes de um bom carma, porque o que a gente leva daqui não são os bens materiais acumulados, e sim as ações acumuladas - pelo menos a tradução para carma é ação. Mas quem vai nos julgar? Nossa própria consciência?

Segue o que esse mestre nos diz logo no começo do livro:

"Apesar de todas as suas conquistas tecnológicas, a sociedade moderna não tem uma compreensão real da morte ou do que acontece durante ou depois dela.

Aprendi que as pessoas hoje são ensinadas a negar a morte e a crer que ela nada significa, a não ser aniquilação e perda. Isso quer dizer que a maior parte do mundo vive negando a morte ou aterrorizado por ela. Até falar da morte é considerado mórbido, e muitos acham que fazer uma simples menção a ela pode atraí-la sobre si.

Outros olham a morte de modo ingênuo, com uma jovialidade irrefletida, achando que por alguma razão desconhecida vão se sair bem ao passar por ela, não havendo motivo para preocupação. Essa é uma bela teoria até que se esteja morrendo.

Todas as grandes tradições espirituais do mundo, inclusive, é claro, o cristianismo, dizem que a morte não é o fim.
A sociedade moderna é em larga escala um deserto espiritual em que a maioria imagina que esta vida é tudo o que existe. Sem qualquer fé autêntica numa vida futura, a maioria das pessoas vive toda a sua existência destituída de um sentido supremo.

Crendo basicamente que esta vida é a única, as pessoas do mundo moderno não desenvolveram uma visão de longo prazo. Assim, nada as refreia de saquear o planeta em que vivem para atingir suas metas imediatas, e agem com um egoísmo que pode ser fatal no futuro."